Conclusões:
Em relação ao uso do capital próprio, os Métodos 1, 2 e 3 utilizaram integralmente os recursos disponíveis, diferenciando-se apenas na alocação: enquanto o Método 2 distribuiu o investimento entre seis cultivos, os Métodos 1 e 3 concentraram-no em uma única cultura. No Método 4, parte do capital próprio permaneceu disponível, mesmo após o investimento em oito culturas propostas.
Quanto ao capital de empréstimo, ele foi totalmente empregado nos Métodos 1 a 3, enquanto no Método 4 não houve necessidade de sua utilização, o que contribuiu para a redução do custo total. Dessa forma, o custo total entre os três primeiros métodos manteve-se semelhante.
As rendas brutas demonstraram variações expressivas entre os métodos, com diferenças de R$ 76,82 entre os Métodos 1 e 2, R$ 17,06 entre os Métodos 1 e 3, e uma discrepância significativa de R$ 860,04 entre os Métodos 1 e 4, esta sendo a maior variação observada.
A renda líquida, fator crucial para o desempenho financeiro, também apresentou grandes diferenças: entre os Métodos 1 e 2, a diferença foi de R$ 76,81; entre os Métodos 1 e 3, de R$ 17,05; e entre os Métodos 1 e 4, de R$ 602,78. Este último contraste destaca que o Método 1 alcançou uma renda líquida superior a mais do que o dobro da obtida pelo Método 4, mesmo com um uso menor de capital e na mesma área.
Esses resultados estão em consonância com a maioria dos casos analisados, onde a Análise de Escolha de Cultivos + Lucrativos, com foco na rentabilidade, tende a superar tanto a abordagem voltada para a diversidade quanto a estratégia tradicional, que prioriza o cultivo de maior valor monetário.
Na utilização da área cultivada, os Métodos 1, 2 e 4 empregaram plenamente o espaço disponível, ao passo que o Método 3 utilizou apenas 60% da área, devido à limitação de recursos financeiros — um fator não limitante apenas no Método 4, onde toda a área foi utilizada, com capital ainda disponível para reinvestimento.
Apesar do foco na máxima lucratividade, o Método 1 incorporou diversidade ao dividir a área igualmente entre duas culturas selecionadas, resultando no maior valor de renda líquida.
Do ponto de vista técnico, o Método 2 evidenciou uma vantagem adicional: embora apresentasse renda líquida ligeiramente inferior, ofereceu uma diversidade produtiva relevante, especialmente vantajosa para agricultores que vendem em mercados locais.
Dada a área relativamente pequena, a utilização de maquinário e mão de obra não foi determinante na análise; um único trabalhador, munido de pulverizador costal e arado animal, poderia atender facilmente à demanda.
Como conclusão abrangente, podemos afirmar que o fator essencial para maximizar o lucro líquido reside no aproveitamento total dos recursos disponíveis. A análise indica que os Métodos 1 e 2, ao utilizar todos os recursos de capital e área, alcançaram os melhores resultados em renda líquida. O Método 3, embora focado em maximizar o retorno sobre o capital, deixou uma parcela significativa da área sem uso. Já o Método 4, priorizando o uso completo da área, preservou parte do capital sem alocação, o que culminou no menor desempenho financeiro.