Conclusões:
A tabela apresentada mostra a influência das diferentes épocas de aplicação de nitrogênio (N) na produtividade de grãos de milho, na receita líquida (em US$) e no índice de lucratividade (%) em um sistema de plantio direto em Selvíria, MS, durante as safras de 1998/99 e 1999/00. A análise foca no efeito econômico das épocas de aplicação do N, considerando a produtividade e o retorno financeiro.
Análise Econômica da Tabela
Épocas de Aplicação de Nitrogênio e Produtividade
A produtividade de grãos varia de acordo com o momento em que o N é aplicado:
Todo o N na semeadura: Resulta em uma produtividade de 6.844 kg/ha.
Todo o N no estádio de 4 a 6 folhas: A produtividade é a mais alta (7.165 kg/ha), indicando que essa época de aplicação é a mais eficaz para a absorção de N pelo milho.
Todo o N no estádio de 8 a 10 folhas: A produtividade é menor (6.659 kg/ha), sugerindo que a aplicação tardia não é tão eficiente quanto as anteriores.
Divisão do N (1/2 na semeadura + 1/2 no estádio de 4 a 6 folhas): A produtividade atinge 7.292 kg/ha, a mais alta observada, indicando que a divisão do N pode otimizar a disponibilidade de nutrientes.
Divisão do N (1/2 no estádio de 4 a 6 folhas + 1/2 no estádio de 8 a 10 folhas): A produtividade é de 6.948 kg/ha, sugerindo um resultado intermediário.
50% no estádio de 4 a 6 folhas + 50% no estádio de 8 a 10 folhas: A produtividade é de 6.800 kg/ha, um pouco abaixo das outras estratégias de aplicação.
Receita Líquida
A receita líquida acompanha a variação na produtividade:
A aplicação de todo o N no estádio de 4 a 6 folhas proporciona a maior receita líquida (US$ 153,55), refletindo o maior ganho econômico.
A divisão do N entre semeadura e o estádio de 4 a 6 folhas resulta em uma receita líquida de US$ 148,70, próxima da aplicação única no estádio de 4 a 6 folhas.
A aplicação de todo o N no estádio de 8 a 10 folhas gera a menor receita líquida (US$ 96,90), indicando uma menor eficácia econômica dessa prática.
Índice de Lucratividade
O índice de lucratividade é o mais alto (21,08%) quando todo o N é aplicado no estádio de 4 a 6 folhas, sugerindo que essa estratégia é a mais lucrativa.
A divisão do N entre a semeadura e o estádio de 4 a 6 folhas apresenta um índice de lucratividade de 20,43%, muito próximo do mais alto, mostrando que essa abordagem é quase tão eficiente economicamente quanto a aplicação única no estádio de 4 a 6 folhas.
O índice de lucratividade é mais baixo (13,62%) quando todo o N é aplicado no estádio de 8 a 10 folhas, destacando o menor retorno econômico dessa prática.
Conclusões Econômicas
Eficiência da Aplicação no Estádio de 4 a 6 Folhas: A aplicação de todo o N no estádio de 4 a 6 folhas mostrou-se a mais eficiente em termos de produtividade, receita líquida e índice de lucratividade. Essa época de aplicação parece otimizar a absorção de nutrientes pelo milho, resultando no maior retorno econômico.
Benefícios da Divisão do N: A divisão do N entre a semeadura e o estádio de 4 a 6 folhas também se mostrou uma estratégia viável, proporcionando quase o mesmo nível de lucratividade e receita líquida da aplicação única no estádio de 4 a 6 folhas. Essa prática pode ser vantajosa em situações de manejo diferenciado ou condições climáticas instáveis.
Impacto Econômico da Aplicação Tardia: Aplicar todo o N no estádio de 8 a 10 folhas resulta em menor produtividade e lucratividade. Portanto, essa prática não é recomendada quando o objetivo é maximizar o retorno econômico.
Considerações Finais
A escolha do momento certo para a aplicação de N é crucial para a eficiência econômica do cultivo de milho. A aplicação de N no estádio de 4 a 6 folhas ou a divisão do N entre a semeadura e esse estádio são as melhores estratégias para maximizar tanto a produtividade quanto a rentabilidade. Isso ressalta a importância de um manejo preciso e adequado da adubação para garantir um retorno financeiro otimizado na produção agrícola.
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